7 de nov. de 2011

Palavra,

Não cante a felicidade aos velhos marujos,
Sujos faróis não guiam mais à salvação.
Desenhe-a vagarosamente nas pedras
Rezas ainda mascaram o produto final da
Vida, enquanto ser poeta.

Sem medo ou amor verdadeiros,
Peitos cismados dirão novo amém.
Contando as semi-extintas palavras
Raras que surgirão num canto da
Vida, enquanto ser poeta.

Prelúdio de tardia vanguarda,
Espada ‘fraternal’ contra o cio,
Representa, oh letra trabalhada,
Amada sombra e desvario,
A vida, enquanto ser poeta.

‘E assim, quando mais tarde me procure’
A vida, angústia de quem realmente vive,
A morte, dor de quem escreve,
Possa dizer de mim, palavra, que tive
A vida, enquanto ser poeta.

2 comentários:

  1. Ah, Palavra,
    Essa é nossa lavra
    diária, árida
    fazer brotar a vida
    através de ti
    enquanto ser poeta.

    Muito bom, brother!

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