A ambulância anuncia mais uma digressão.
Eu, sozinho, como estou agora,
Respiro saudades, fumaça e olhares.
Deixado para trás, lendo alguma bula de remédio,
Procurando algo imperativo que me mande parar
Ou talvez seguir.
Mais uma noite de álcool,
Cansaço corpóreo,
Sorrisos e descasos por uma conquista poeta.
Número um no coração dos amigos,
Número primo na lista do amor.
Mas não dou conta.
Desejo esse “um” com quem eu também possa dividir-me,
Para quem possa doar um pouco dessa loucura,
Que vem à tona a cada por do sol,
Que me foge em palavras a cada amanhecer,
E que me faz escravo de qualquer resto,
Por uma simples lembrança.
Transbordo,
Olhando, líquido, mais um álbum de retratos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário