1 de abr. de 2012

Sentimentos gastos

À noite todos os gatos são pardos,
mas ainda continuo negros aos olhos dos viventes.
Os que ainda acreditam no amor dos tolos,
os que na rua atravessam entre as gentes.

Continuo lúgubre e sombrio,
diante dos que santos, se fazem em máscaras.
Visão distorcida e sem brilho,
olheiras, lágrimas cansadas.

Canto o canto da morte do sorriso,
ausência de calma.
Canto o fim da certeza do que é visto,
ausência de luz na alma.

E por fim elevo preces ao salvador,
pros que ainda sentem falta de amor.

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