20 de abr. de 2012

Ontem, depois do Jô...

As paredes são claras, mas frias e minúsculas são as lembranças. A noite está silenciosa, mas obscura e, profundas, as falas sussurradas. Janelas fechadas, ainda que os vidros sejam transparentes e, na música do celular, uma ainda memória do calor do dia em que a energia teima em não morrer, como a luz. Tempos em que o cardápio se resumia à carne fria. Ainda assim, mesmo a caneta minguando a tinta, mesmo o sono apagando aquilo que até então as aulas seguravam, Algo corta o silêncio, sentado nos corredores e escadas do prédio: Um risinho saliente que ecoa pelo negrume das camas de casal usadas por solteiros. Alguém que geme: incontido perfume transbordando em gozo na madrugada juizforana.

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