A alegria sorri pra mim, sim.
Covarde e medrosa com seus dentes
Cariados.
Enquanto a saudade, num láláiê
feliz, campeia pelas milhas do meu destino,
infeliz.
Imperfeita vida de poeta...
Quase me sinto bem, contra-mão de gente comum.
Quando os olhos do amor vêm ver o que há,
Ficam três meses.
Quarto mês:
Criatura sem nexo.
Quantas cartomantes, luas e sonetos!
Mas que pude fazer?
Qual bar me escutou maior lamento?
Quantos idiomas, ó lágrimas,
usaram para me traduzir?
Quantos modernos sambas de angústia,
Instantes e sinais fechados...
Foi como o fogo incontrolável
Que se apagou.
Minha alegria,
não desafina!
Pois, justo, se o ar faltar,
Deus não se encantará...
Estranha pintura,
Que sai da moldura!
Sei como dói.
Mas ainda que podre,
A maçã do amor será sempre bela...
Nenhum comentário:
Postar um comentário