Manhã
Os que sobem olham soberanos
os que, abaixo, ainda fazem planos
de encostar-se aos que erguem braços
e sorriem, pernas, embaraços.
Dentro, gladiadores,
de vis olhares opressores,
à espera de um trono vago,
distante, que surja ao acaso.
E aquele a quem se doa o óbulo,
que nesse meio caminha-se à morte,
assume linguagem de filósofo
a dissertar sobre Deus, morte e sorte.
E assim extingue-se a alegria
de quem o contrário, talvez faria,
já que ônibus cheio é pleonasmo
e nele, começar bem o dia, sarcasmo.
gostei do soneto, Charles...acho difícil fazer soneto..está bem humorado também..Bjs Terezinha Scher
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