25 de out. de 2011

Adeus "amigo".

A boca entreaberta
à espera de um beijo seu.
Vinha deslizando pela rua,
agarrando-me à esperança
de encontrá-lo
novelo em si mesmo.

Rastejei ao beco escuro
clareado pelos faróis sujos
de automóveis que dizem adeus.

Ergui-me, sorrateiro,
traiçoeiro,
à espera de um beijo seu.

Sibilando contínuo,
cabeças pensam, ainda,
na voz do violão.

Cobro
as obrigações morais
Cobras
ao som da voz da poesia
minha presença.

Náuseo, poeirento, capitoso, destronado.

Forjada a imagem.
Desconfigurada a forma antiga.
Resta sofrer.

Pois mudou-se a roupagem.
Fez-se cantiga,
de maldizer.

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